19 de junho de 2009

Pressão!

Sinto-me enjaulado
Tal como um animal selvagem,
Preso nestas quatro palavras da poesia,
Como se não houvesse outra saida
A não ser escrever.

Quero deixar de estar encurralado
E poder viver a minha viagem
Como se não me restasse futuro para a poesia
Como se não sentisse a traição da vida.
Quero apenas viver!

Odeio ter sobre mim toda esta pressão
Mal consigo respirar este ar puro,
Esperava uma vida sem pressões e com felicidade
Cedo vi que isto não seria possivel.
Queria apenas ter vida de criança!

Sempre tive esse sonho no coração,
Mas espero retirar as pressões do futuro
E conseguir conquistar a eterna felicidade
Quero tornar esse sonho inquebrável
Pois a última coisa a morrer é a esperança.

Ass: Dário Andrade

1 de junho de 2009

Palavras

Gosto das palavras. De sonhar cuidadosamente cada significado, cada esperança escondida em cada som. De criar e re-criar o meu mundo, pintá-lo com tons mais alegres, de esquecer os passos perdidos no escuro. De brincar com os cheiros, as cores, os sabores, os sentimentos. De imaginar que, talvez um dia, serei capaz de fazê-lo. Talvez conseguirei voltar a sonhar. Esquecer um Verão cheio de música, um Verão cheio de ti. Queria voltar ao começo sem deixar de prosseguir. Será que posso olhar-te, pasmar para os sonhos imcompletos? Posso esticar a mão, tocar uma estrela?
Gosto das palavras. Da forma como não encontro suficientes para te descrever, como me engasgo com todos os pensamentos rebolando na minha mente. Da forma como são tão belas, mas tão poucas. Da forma como as dizes, as cantas, as tornas tão perfeitas. De como o silêncio por vezes enche o espaço entre nós, tornando as palavras, tão simples palavras, dolorosamente desnecessárias.

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24/09/07
V.S.