18 de agosto de 2010

O horizonte é baço

Olha para o barco a ser afundado
juntamente com um sentimento de outrora.
Forte está o sol que me tem queimado
por este sofrer de eterno amado que ainda chora.

Forte está o sol da saudade
que me tem provocado incertezas maiores que o além.
No horizonte vizualizo toda a antiga cumplicidade,
cumplicidade que agora a nossa relação não tem.

O horizonte é triste, é baço,
o horizonte é triste, é incerto...
Pobre do barco, que apesar de ser de aço
não resistiu e apodreceu neste deserto.

6 de agosto de 2010

Momentos

Momento instantâneo de pura liberdade,
Momento em que uso toda a criatividade,
Momento em que se solta a minha inspiração,
É este o momento que transmito a minha emoção.

O simples som de marés a esbater na areia,
Provoca-me uma enorme vontade de chorar,
Sinto-me tão triste como o cântico da sereia,
Sinto que todo o meu destino está a mudar.

Tento recordar bons momentos passados,
Momentos em que achava que o mundo era perfeito,
Momentos em que não arrependia do que tinha feito,
Enfim era em momentos como esses que me sentia realizado.

Mas a vida não é feita por dois momentos iguais,
É por causa disso que a vida é tão única e inesquecível,
Resta-me apenas relembrar esses momentos
E recordar que temos uma curta vida para aproveitar.

Ass: Dário Andrade

4 de agosto de 2010

Tears in Heaven

A primeira opinião a ser dada sobre uma letra será: Tears in Heaven.

Esta música foi escrita por Eric Clapton e ficou celebrizada pelo mesmo cantor. Eric Clapton escreveu esta canção para tentar desabafar o enorme sofrimento provocado pela morte de seu filho. Conor Clapton, filho de Eric Clapton, morreu ao quatro anos e meio de idade, no dia 20 de Março de 1991, às onze horas da manhã, caindo da janela do 53º andar de um prédio de Nova York.A mãe de Conor, Lori Del Santo, recusou-se a escutar a canção.
A canção faz parte do álbum Unplugged, vencedor do Grammy de 1993, pela categoria Melhor Álbum do Ano. A própria canção deu a Clapton três Grammys nesse ano, para Canção do Ano, Gravação do Ano e Melhor Performance de Voz Pop Masculina.
Clapton desde 2004 decidiu parar de executá-la porque é muito emocional para ser executada em público. Ao contrário de seus primeiros trabalhos, essa é uma das canções mais sensíveis e comoventes de Clapton.
Para além de uma excelente letra, pode-se ouvir a grande voz de Eric Clapton e o excelente acompanhamento do violão do Slow Hand, como é conhecido Eric Clapton.
Inumeras covers já foram feitas em homenagem à versão original, entre as quais destaca-se a cover realizada por um conjunto de cantores famosos (Elton John, Rod Stewart, Andrea Boccelli,Ozzy Osbourne, Slash, Mary J.Blige, Steven Tyler, etc.) para uma campanha de benificiação.
Em jeito de conclusão, ao ouvir esta canção, pode-se admirar uma das mais belas canções de todos os tempos, à letra extraordinária está aliada a grande voz de Eric Clapton e uma composição extraordinária. Aconselho esta música a qualquer fã de boa música.

Vitorino Nemésio

A primeira biografia a ser colocada será a de Vitorino Nemésio. Nemésio para além de ser o padroeiro da minha antiga escola, foi também um grande escritor do século XX.

Vitorino Nemésio Mendes Pinheiro da Silva nasceu a 19 de Dezembro de 1901, na Praia da Vitória da Ilha Terceira dos Açores.
Nemésio não foi um aluno muito bem sucedido, tendo sido expulso do Liceu de Angra do Heroísmo e reprovou o 5ºano de escolaridade. Mas estes dois factos não mostram a verdadeira faceta de Vitorino Nemésio. Nemésio ao ter sido expulso do Liceu de Angra, foi obrigado a acabar o Curso Geral dos Liceus, em 16 de Julho de 1918, com a qualificação de dez valores, no Liceu Nacional da Horta como aluno externo.
Em 1921, inscreve-se na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Três anos mais tarde, Nemésio trocou esse curso pelo de Ciências Histórico Filosóficas, da Faculdade de Letras de Coimbra, e, em 1925, matriculou-se no curso de Filologia Românica.
Casa-se a 12 de Fevereiro de 1926, em Coimbra, com Gabriela Monjardino de Azevedo Gomes, com quem teve quatro filhos.
Em 1930 transferiu-se para a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa onde, no ano seguinte, concluiu o curso de Filologia Românica, com elevadas classificações, começando desde logo a leccionar literatura italiana.
Em 1944, é lançado o romance Mau Tempo no Canal , sua obra mais conhecida e premiada pelo Prémio Ricardo Malheiros.
Autor de livros como O Verbo e a Morte, Paço do Milhafre, Mau Tempo no Canal ou Conhecimento da Poesia.
Acaba por falecer a 20 de Fevereiro de 1978, em Lisboa, no Hospital da CUF, e foi sepultado em Coimbra.
No seu curriculo ficaram prémios como o Prémio Nacional da Literatura em 1965 e, em 1974, o Prémio Montaigne.

Comunicado

Um bem haja para todos os leitores do blog.
Venho agradecer a todos os leitores que comentem e me dão opiniões sobre o desenvolvimento do blog. Foi numa dessas opiniões que me sugeriram, que deveria postar uma vez por mês, uma biografia de um escritor português ou deveria postar uma opinião sobre uma letra de uma música que goste particularmente.
Lançado esse desafio, decidi abraçá-los, portanto uma vez por mês terão aqui uma biografia de um escritor portugês e a minha opinião sobre determinada letra.
Agradeço-vos por todo o vosso contributo para o desenvolvimento do blog.

O meu muito Obrigado a todos os que seguem o blog e que me apoiam constantemente.

Ass: Dário Andrade

1 de agosto de 2010

Reencarnação

Vejo o diabo à minha espera, sei que ele me quer morto,
Mas luto com todas as forças para que isso não aconteça,
Luto por vencer esta luz que me indica que estou morto,
Ainda morto não estou, porque ainda possuo esperança.

Toda uma vida repleta de felicidade e de boas acções,
Não é justo que morra pelos meus poucos pecados.
Estou ouvindo vozes, que estão à distância de quarteirões,
Elas alertam para não desistir e voltar a ver os meus amados.

São essas vozes que me dão uma força extraordinária,
Foram elas que permitiram a minha recuperação,
Foram elas que me ajudaram a não ir para a “solitária”,
Foram elas que voltaram a reanimar o meu coração.

Quando acordo, revejo um jovem amigo, com lágrimas no rosto,
Suplicando para que não volte a cair nesse sono profundo,
Suplicando para não desistir daqueles que mais gosto,
Foi ele que me trouxe novamente ao mundo.


P.S - O que está aqui descrito no poema proveio de uma experiencia veridica, apenas limitei-me a dar o to que lirico ao texto. Obrigada pela sua cooperação Sr. Manuel Brito Meneses. E desejo-lhe as melhoras.

Ass:Dário Andrade