13 de dezembro de 2010

A bela e o monstro (Goodbye for now)

Monstro refugiava seus pensamentos nas entranhas do seu ser
Como se eles fossem o pecado mortal, tal como o de Eva e Adão.
Fugia a todas as caricias que Bela pretendia. Fazendo-a sofrer
Como um peixe que sofre fora de água, deixando-a à beira da solidão.

Monstro disse tímido:"Gosto muito de ti, mas isto nunca irá resultar,
Não te posso magoar.Desculpa, simplesmente não estava destinado."
Bela esforçando-se para conter as lágrimas, acenou levemente a cabeça, sem o olhar
Porque sabia que ao ver o rosto dele choraria, mas não queria fazer chorar seu amado.

Monstro tentando consolá-la sussurrou:"Sei que serás feliz, luta sempre pela felicidade,
Não desistas dela. Assim será melhor para ambos, Sê feliz e eu também o serei."
Envolvendo-se nos braços dela, sentido o seu choro, devido à sua tremenda crueldade.
Mas Bela ergueu a cabeça e murmurou-lhe:" Guardarei os momentos que contigo passei."

Monstro melancólico, esforçou-se por não libertar as lágrimas que o seu coração derramava,
Preferindo despedir-se com um leve sorriso, despedindo-se daquela que tanto adorava.

Assim termina a saga...

Ass: Dário Andrade

3 de dezembro de 2010

A Bela e o monstro (Primeiro Impulso)

Observando os castanhos olhos, aonde incidiam a luz solar,
Acariciando a sua macia mão como lençóis de algodão,
Monstro, sentia que não se iria controlar,
Presentia que era tudo mais que uma mera ilusão.

Esforçava-se para que aqueles pensamentos não se apoderassem da mente,
Lutando contra aquilo que sentia,lutando contra toda a atracção.
Não a conseguia tirar do pensamento, mas lutava afincadamente
Lutava contra algo que acreditava, contra algo que sentia o coração.

Os seus lábios esboçavam um leve brilho, devido ao gloss nos tons encarnados.
Bela encantada, desejava que o impulso acontecesse mas não sabia que fazer.
Surgiu o momento, lábios próximos e murmúrios sussurrados,
Mas subitamente Monstro afastou-se com medo de a fazer sofrer.

Bela viu aquele homem afastar-se de si, tentando perceber as razões para aquela reacção
E Monstro afastou-se destroçado, não percebia porque não conseguia demonstrar a sua paixão.

Ass: Dário Andrade

19 de novembro de 2010

A bela e o monstro (Primeiras palavras)

Monstro triste com o estado de sua amada,
Disse-lhe ao ouvido de forma subtil:
"Ninguém devia sofrer, devíamos ter a nossa felicidade realizada!".
Bela olhou-o nos olhos e sorriu-lhe de forma gentil.

Monstro satisfeito por a ver sorrir novamente.
Esboçou um leve sorriso completado pela forma de seus lábios.
Bela olhando para aquele rapaz perguntou-lhe instintivamente:
"És feliz? Ou és daquelas pessoas que a tristeza, vos torna sombrios?"

"A minha felicidade é a ausência
De tristeza nas outras almas,
Se fores feliz, serei feliz. É essa a minha essência.".
Respondeu-lhe tranquilamente, característica típica das pessoas calmas.

Aquelas primeiras palavras despertaram novamente o sentimento de paixão,
Que há muito havia desaparecido. Como iria, o Monstro, combater seu coração?

Ass: Dário Andrade

16 de novembro de 2010

A bela e o monstro (O reecontro)

Deambulando tristemente, olhando em redor para o deleitoso mar,
Contemplando ondas que se formavam e gaivotas que voavam.
Mas seu pensamento não cá estava, estava nos olhos que outrora brilhavam,
Nos olhos da deusa que tanto ambicionava beijar.

Reencontrou esses formosos olhos, lavados em límpidas lágrimas
Compostas por um brilho cristalino, compostas pelo reflexo da sua dor.
"Porque choraria Bela?" Interrogava-se o monstro sobre seu amor.
Monstro não sabia o porquê delas, mas sabia que eram verdadeiras.

Enquanto Bela procurava conforto no oceano, Monstro não sabia como agir.
Tentando achar a solução, tentando descobrir como reaver aquele sorriso.
Mas Bela chorava ainda mais, inconsolável desejando deste mundo partir.
Partir para o lugar onde não havia sofrimento, partir para o seu paraíso.

Como vou eu, o Monstro, conseguir consolar aquela bela mulher?
Monstro tentava achar a solução, mas sofria pelos olhos encharcados que estava a ver.

Continua...

Ass: Dário Andrade

7 de novembro de 2010

A bela e o monstro (O ínicio)

Ela a bela mulher que por qualquer homem suspirava
E eu o monstro mascarado de homem de quem toda a multidão se afasta.
Porque é que o meu afago não serve? Será que somente amor não basta?
Só queria conseguir contemplar-te e dizer-te o quão te amava.

Mas seus sombrios cabelos ao vento, volvem-na ainda mais bela,
Os reflexos derivados dos seus olhos castanhos, exibem-me o olhar de realeza.
A luz incide sobre a sua pele frígida e pálida, e aí noto a sua infindável beleza.
Perante tanta virtude, não encontro defeitos. Se a perfeição existe então estou diante dela.

Como conseguirei conquistar algo tão primoroso?
Especialmente eu!? Monstro apaixonado, que não consegue expressar
Aquilo que me corrói a alma. O sentimento derivado do verbo amar.
Amo-a, mas não passará disso. Ela nunca considerá um ser monstruoso.

Como conseguirei conquistar a confiança , a amizade e o amor dela?
Sendo eu um horrível monstro e ela uma deusa incrivelmente bela!


A saga continua...
Ass: Dário Andrade

4 de novembro de 2010

Demónios

Sombras da escuridão que se apoderam do meu ser,
Como demónios das trevas que me tentam hipnotizar.
Não me deixam seguir a utopia do meu viver
Impedindo que solte a criatividade enquanto estou a sonhar.

Porque habitam dentro de mim, demónios?
Porque me assombram o espírito?
Será por todo o mal que provoquei? Porque são tão frios?
Seres da minha imaginação? Não! Sei que não são um mito.

A única forma de expressão que possuo são estes versos,
Prosseguidos pela mágoa profunda de não possuir liberdade.
Perseguidos pelos demónios que enfadem todos os meus medos
Tentando desfazer os meus sonhos, pretendendo destruir-me a liberdade.

Ass:Dário Andrade

1 de novembro de 2010

Pedido

Boas caros leitores, tenho recebido comentários completamente ridículos. Se não gostem, daquilo que escrevo digam-me à vontade, não vos repreenderei por isso, aliás todas as criticas são bem vindas desde que fundamentadas. Não me peçam é que aceite comentários que ofendam a minha identidade, este blog existe para se apreciar literatura e não insultar ninguém.

Obrigado pelo vosso tempo despendido

P.S - A Cátia está quase de volta, mais forte que nunca e com textos novos muito bons, relatando uma fase complicada da sua vida.

Atenciosamente
Dário Andrade

8 de outubro de 2010

Emaranhado

A vida é um longo percurso pelo qual caminho,
Ela desenvolve-se acabando por originar um emaranhado.
Percorro esse emaranhado da única forma que sei, sozinho
Sem ter a quem recorrer, quando caio e fico magoado.

Caio constantemente nessa armadilha chamada amor,
Estimulado por um sentimento íntimo e delicado.
Sentimento que me provoca enorme dor,
Sentimento que faz com que me sinta cada vez mais magoado.

Sentimento que não consigo explicar através de palavras,
É tão difícil defini-lo como o conseguir ultrapassar.
Mas luto todos os dias para que ele não passe de palavras,
Palavras que não me irão afectar nem abalar.

Continuarei a lutar por tudo aquilo que tenho acreditado.
Continuarei a seguir o meu caminho só que sem emaranhado.
Continuarei…
Prometo que continuarei!

Ass: Dário Andrade

1 de outubro de 2010

Rouge 5

Junto ao Rouge 5, duas almas completamente despidas se tocavam,
Tentando achar no seu par a complementaridade que faltava na vida.
Os lábios tocavam-se mutuamente, ouvindo-se nos sussurros o quão eles se amavam,
Murmurava-se desejos e satisfações, suspirava-se como essa pessoa era-lhe querida.

Entre gemidos ouvia-se a melodia mais bela, a melodia chamada amor,
Entre queixumes soltava-se uma energia, energia que aliada ao prazer
Tornava aquele momento tão especial, num momento de enorme calor,
Momento que se tornava cada vez mais intenso, momento de eterno querer.

Cada segundo que passava mais forte era o seu amor, mais forte era a afinidade,
De tal forma que a dor daquele acto não se citava. Era mais do que uma prova de paixão.
Toda aquela cópula, tornava-se segundo após segundo num acto do sentimento da verdade,
Provando ao seu parceiro que jamais o deixará só, que jamais sentirá solidão.

Acabado aquele momento, os físicos voltaram-se a trajar mas a chama não morreu.
Parecia que tudo tinha sido tão surreal, era aquele o momento que faltava nas suas vidas,
Parecia que jamais passariam um momento como aquele, mas o desejo permaneceu.
O desejo permaneceu, e assim, pelo seu amor as suas almas permaneceram despidas.

Ass: Dário Andrade

5 de setembro de 2010

Sinto-me oco!

Estava eu soturno infiltrado nas linhas do bloco,

Arriscando descrever o que a minha alma sente,

Mas não consigo extrair palavras! Sinto-me oco!

Sinto-me como se já não importasse o presente.


Será que a minha alma volveu-se num livro vazio?

Terá ela perdido as palavras que lá dentro se achavam?

Sei agora que me tornei num vagabundo, sinto frio!


Sinto que a minha identidade foi-me extorquida

Por aqueles que exprimiam que me amavam.

Agora sei que nada posso fazer,

Agora sei que nunca será novamente encontrada.

Agora sei que ela não volta a sofrer!


Ass: Dário Andrade

1 de setembro de 2010

Wind of Change

Esta balada foi escrita por Klaus Meine, vocalista da banda alemã de rock Scorpions, em 1990. Saiu no album Crazy World em 1990, mas tornou-se num sucesso apenas em 1991. Esta canção tem também outras duas versões: Ветер Перемен (em russo) e Vientos de Cambio (em espanhol).
A letra é uma espécie de comemoração pelas mudanças que estavam a acontecer na época na Europa. Mudanças como a queda do Muro de Berlim, como o Acordo Polaco da Mesa Redonda, como a liberdade crescente do Bloco de Esquerda (que logo levou à queda da URSS) ou como o fim próximo da Guerra Fria.
Esta letra foi inspirada numa visita a Moscovo em 1989 e os versos iniciais referem-se monumentos famosos da cidade (Moskva e Gorky Park).
Em 2005, foi considerada a música do século pelos espectadores do canal ZDF.
Nesta canção ouve-se a excelente voz de Klaus Meine no seu auge, uma voz muito poderosa e timbrada, como também se ouve uma excelente composição musical com principal destaque para o solo de guitarra. Esta canção não se tornou só um grande hit, como também uma excelente música de apelo para um mundo melhor. Enfim... que mais posso eu dizer... ouçam a música e desfrutem desta canção excelente.

Natália Correia

Natália de Oliveira Correia nasceu a 13 de Setembro de 1923, na Fajã de Baixo em São Miguel.
Aos onze anos de idade o seu pai emigra para o Brasil, fixando-se Natália, a mãe e a irmã em Lisboa, onde fez os estudos liceais. Começou no mundo da literatura com uma obra infanto-juvenil mas rapidamente se afirmou como poetisa.
Possuía um discurso oratório extremamente talentoso e uma grande coragem combativa. Foi aderente dos movimentos de oposição ao Estado Novo, tendo participado no MUD (Movimento de Unidade Democrática, 1945), no apoio às candidaturas para a Presidência da República do general Norton de Matos (1949) e de Humberto Delgado (1958) e na CEUD (Comissão Eleitoral de Unidade Democrática, 1969). Foi condenada a três anos de prisão, pela publicação da Antologia da Poesia Portuguesa Erótica e Satírica, considerada ofensiva dos costumes.
Em 1991, Natália Correia recebe o Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores pelo livro Sonetos Românticos. No mesmo ano foi-lhe atribuída a Ordem da Liberdade; era já detentora da Ordem de Santiago.
Natália Correia casou quatro vezes. Após dois curtos casamentos, casou em Lisboa a 31.7.1953 com Alfredo Luiz Machado, a sua grande paixão, bem mais velho do que ela e já viúvo, casamento este que durou até à morte deste. Em 1990, tinha Natália 67 anos de idade, celebrou um casamento de conveniência com o seu colaborador e amigo Dórdio Guimarães.
Na madrugada de 16 de Março de 1993, morreu, subitamente, com um ataque cardíaco, em sua casa. A sua morte precoce deixou um vazio na cultura portuguesa muito difícil de preencher.
Legou a maioria dos seus bens à Região Autónoma dos Açores, que lhe dedicou uma exposição permanente na nova Biblioteca Pública de Ponta Delgada, instituição que tem à sua guarda parte do seu espólio literário (que partilha com a Biblioteca Nacional de Lisboa, constante de muitos volumes éditos, inéditos, documentos biográficos, iconografia e correspondência, incluindo múltiplas obras de arte e a biblioteca privada.
As suas principais obras foram: Anoiteceu no Bairro (1946), A Madona (1968) e As Núpcias (1992).

Imaterial

Neste poema descarrego toda a minha ira,
É ela que me provoca todo este sofrimento.
Foste tu quem não acreditou no nosso relacionamento
E isso deixa-me a pensar: “será que tudo nunca passou duma mentira”?

Foste tu quem não acreditou que o amor existia,
Foste tu quem decidiu tomar esta decisão.
Decisão que consigo respeitar por estares longe do meu coração,
Decisão que consigo respeitar por saber que o nosso amor não existia.

É duro, eu confesso! Oxalá que tivesses razão acerca do amor.
Mas o amor existe, pelo menos existe no meu ser.
É duro lutar contra algo que não se consegue ver,
É duro lutar contra esta incorpórea dor.

Mas o amor é um sentimento
E os sentimentos não se conseguem mirar.
São algo de imaterial, são algo como este sofrimento,
Que não consigo ocultar ou até mesmo curar.

Ass: Dário Andrade

18 de agosto de 2010

O horizonte é baço

Olha para o barco a ser afundado
juntamente com um sentimento de outrora.
Forte está o sol que me tem queimado
por este sofrer de eterno amado que ainda chora.

Forte está o sol da saudade
que me tem provocado incertezas maiores que o além.
No horizonte vizualizo toda a antiga cumplicidade,
cumplicidade que agora a nossa relação não tem.

O horizonte é triste, é baço,
o horizonte é triste, é incerto...
Pobre do barco, que apesar de ser de aço
não resistiu e apodreceu neste deserto.

6 de agosto de 2010

Momentos

Momento instantâneo de pura liberdade,
Momento em que uso toda a criatividade,
Momento em que se solta a minha inspiração,
É este o momento que transmito a minha emoção.

O simples som de marés a esbater na areia,
Provoca-me uma enorme vontade de chorar,
Sinto-me tão triste como o cântico da sereia,
Sinto que todo o meu destino está a mudar.

Tento recordar bons momentos passados,
Momentos em que achava que o mundo era perfeito,
Momentos em que não arrependia do que tinha feito,
Enfim era em momentos como esses que me sentia realizado.

Mas a vida não é feita por dois momentos iguais,
É por causa disso que a vida é tão única e inesquecível,
Resta-me apenas relembrar esses momentos
E recordar que temos uma curta vida para aproveitar.

Ass: Dário Andrade

4 de agosto de 2010

Tears in Heaven

A primeira opinião a ser dada sobre uma letra será: Tears in Heaven.

Esta música foi escrita por Eric Clapton e ficou celebrizada pelo mesmo cantor. Eric Clapton escreveu esta canção para tentar desabafar o enorme sofrimento provocado pela morte de seu filho. Conor Clapton, filho de Eric Clapton, morreu ao quatro anos e meio de idade, no dia 20 de Março de 1991, às onze horas da manhã, caindo da janela do 53º andar de um prédio de Nova York.A mãe de Conor, Lori Del Santo, recusou-se a escutar a canção.
A canção faz parte do álbum Unplugged, vencedor do Grammy de 1993, pela categoria Melhor Álbum do Ano. A própria canção deu a Clapton três Grammys nesse ano, para Canção do Ano, Gravação do Ano e Melhor Performance de Voz Pop Masculina.
Clapton desde 2004 decidiu parar de executá-la porque é muito emocional para ser executada em público. Ao contrário de seus primeiros trabalhos, essa é uma das canções mais sensíveis e comoventes de Clapton.
Para além de uma excelente letra, pode-se ouvir a grande voz de Eric Clapton e o excelente acompanhamento do violão do Slow Hand, como é conhecido Eric Clapton.
Inumeras covers já foram feitas em homenagem à versão original, entre as quais destaca-se a cover realizada por um conjunto de cantores famosos (Elton John, Rod Stewart, Andrea Boccelli,Ozzy Osbourne, Slash, Mary J.Blige, Steven Tyler, etc.) para uma campanha de benificiação.
Em jeito de conclusão, ao ouvir esta canção, pode-se admirar uma das mais belas canções de todos os tempos, à letra extraordinária está aliada a grande voz de Eric Clapton e uma composição extraordinária. Aconselho esta música a qualquer fã de boa música.

Vitorino Nemésio

A primeira biografia a ser colocada será a de Vitorino Nemésio. Nemésio para além de ser o padroeiro da minha antiga escola, foi também um grande escritor do século XX.

Vitorino Nemésio Mendes Pinheiro da Silva nasceu a 19 de Dezembro de 1901, na Praia da Vitória da Ilha Terceira dos Açores.
Nemésio não foi um aluno muito bem sucedido, tendo sido expulso do Liceu de Angra do Heroísmo e reprovou o 5ºano de escolaridade. Mas estes dois factos não mostram a verdadeira faceta de Vitorino Nemésio. Nemésio ao ter sido expulso do Liceu de Angra, foi obrigado a acabar o Curso Geral dos Liceus, em 16 de Julho de 1918, com a qualificação de dez valores, no Liceu Nacional da Horta como aluno externo.
Em 1921, inscreve-se na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Três anos mais tarde, Nemésio trocou esse curso pelo de Ciências Histórico Filosóficas, da Faculdade de Letras de Coimbra, e, em 1925, matriculou-se no curso de Filologia Românica.
Casa-se a 12 de Fevereiro de 1926, em Coimbra, com Gabriela Monjardino de Azevedo Gomes, com quem teve quatro filhos.
Em 1930 transferiu-se para a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa onde, no ano seguinte, concluiu o curso de Filologia Românica, com elevadas classificações, começando desde logo a leccionar literatura italiana.
Em 1944, é lançado o romance Mau Tempo no Canal , sua obra mais conhecida e premiada pelo Prémio Ricardo Malheiros.
Autor de livros como O Verbo e a Morte, Paço do Milhafre, Mau Tempo no Canal ou Conhecimento da Poesia.
Acaba por falecer a 20 de Fevereiro de 1978, em Lisboa, no Hospital da CUF, e foi sepultado em Coimbra.
No seu curriculo ficaram prémios como o Prémio Nacional da Literatura em 1965 e, em 1974, o Prémio Montaigne.

Comunicado

Um bem haja para todos os leitores do blog.
Venho agradecer a todos os leitores que comentem e me dão opiniões sobre o desenvolvimento do blog. Foi numa dessas opiniões que me sugeriram, que deveria postar uma vez por mês, uma biografia de um escritor português ou deveria postar uma opinião sobre uma letra de uma música que goste particularmente.
Lançado esse desafio, decidi abraçá-los, portanto uma vez por mês terão aqui uma biografia de um escritor portugês e a minha opinião sobre determinada letra.
Agradeço-vos por todo o vosso contributo para o desenvolvimento do blog.

O meu muito Obrigado a todos os que seguem o blog e que me apoiam constantemente.

Ass: Dário Andrade

1 de agosto de 2010

Reencarnação

Vejo o diabo à minha espera, sei que ele me quer morto,
Mas luto com todas as forças para que isso não aconteça,
Luto por vencer esta luz que me indica que estou morto,
Ainda morto não estou, porque ainda possuo esperança.

Toda uma vida repleta de felicidade e de boas acções,
Não é justo que morra pelos meus poucos pecados.
Estou ouvindo vozes, que estão à distância de quarteirões,
Elas alertam para não desistir e voltar a ver os meus amados.

São essas vozes que me dão uma força extraordinária,
Foram elas que permitiram a minha recuperação,
Foram elas que me ajudaram a não ir para a “solitária”,
Foram elas que voltaram a reanimar o meu coração.

Quando acordo, revejo um jovem amigo, com lágrimas no rosto,
Suplicando para que não volte a cair nesse sono profundo,
Suplicando para não desistir daqueles que mais gosto,
Foi ele que me trouxe novamente ao mundo.


P.S - O que está aqui descrito no poema proveio de uma experiencia veridica, apenas limitei-me a dar o to que lirico ao texto. Obrigada pela sua cooperação Sr. Manuel Brito Meneses. E desejo-lhe as melhoras.

Ass:Dário Andrade

17 de julho de 2010

Jazi morto

Jaz morto, meu coração,
Por não conseguir dizer quanto te quero amar,
Morre comigo toda a minha ambição
De conseguir ser feliz, de escrever e de sonhar.

Jaz morto, todo o meu sentimento,
Porque não se sente nada quando a vida acaba,
Morreu comigo tudo o que era pensamento e sofrimento,
Porque nada disso existe quando a vida acaba.

Jaz morto, todo o meu corpo material,
Tudo o que é pele, osso e musculo quer apenas morrer.
Quer apenas voltar a viver num mundo paranormal,
Necessito de descansar tudo aquilo que já não me permite sobreviver.

Jaz morto, toda a minha alma,
Por não conseguir encontrar a minha alma gémea,
Por já ter perdido na minha vida toda a calma.
Jaz morto, por ti minha alma gémea.

Jaz morto, todas as minhas forças,
Mal consigo aguentar a caneta sobre o papel para escrever.
Jaz morto, acabaram-se as minhas boas horas,
Acabaram-se todos estes momentos de eterno sofrer.

Simplesmente, jazi morto.


Ass:Dário Andrade

10 de julho de 2010

Pensamentos

De que servem os pensamentos?
Se não agimos para os tornar numa realidade.
De que serve temos sentimentos?
Se não dizemos toda a verdade.

De que serve a liberdade?
Se não podemos falar livremente.
De que serve a crueldade?
Se não queremos magoar nenhuma mente.

De que nos serve termos estas emoções?
Se somos governados pela lógica.
De que serve termos corações?
Se damos prioridade à lógica.

O erro é mesmo esse, a lógica mata toda a felicidade.
Queremos ser perfeitos, mas a única perfeição é a emoção.
Pensamentos, Sentimentos, Crueldade e Liberdade,
De que nos servem sem o nosso coração?

Ass:Dário Andrade

1 de julho de 2010

Sonho

Um pássaro livre pousa sobre a minha folha de papel
Olhando para mim dizendo: “Sonha em ser um sonhador,
Sonha com tudo aquilo que sempre sonhaste, e escreve isso no papel,
Sonha em ser aquele que sonha o impossível, sê o voador,

Sonha em fazer os direitos humanos serem respeitados,
Sonha em ensinar todas as crianças a ler,
Sonha em fazer justiça em nome dos injustiçados,
Enfim sonha com tudo aquilo que queres que venha a acontecer,

Sonha que todo este preconceito irá acabar,
Sonha com todas as tuas forças, porque sonhar é viver!”
Toda esta conversa, demonstra tudo aquilo que se deve fazer,
Porque Viver é Sonhar!

Ass:Dário Andrade

21 de junho de 2010

José Saramago

Morreu ele, grande poeta, dramaturgo e escritor,
Foi dos únicos portugueses que lutou por aquilo que acreditava.
Sinto enorme tristeza por ver meu herói partir, que dor!
Foi ele que me ensinou a escrever aquilo que sempre idealizava.

Foi ele o único português a ganhar um Nobel na literatura,
Foi ele que criou Blimunda personagem tão mítica,
Foi ele que sempre incentivou Portugal a lutar contra toda a amargura,
Foi que ele que desistiu de viver em Portugal por causa da politica.

Como se chamava esse poeta tão único? José Saramago!
José Saramago foi o pai de todo o contemporâneo escritor,
Foi ele que se afirmou como um escritor sábio e mago,
Foi ele que tornou a literatura portuguesa numa literatura com “sabor”.

A tua ida para terras onde serás mais valorizado,
Deixa todo o Portugal num sentimento de enorme tristeza.
Serás sempre considerado
Um dos maiores escritores da língua portuguesa.


Ass: Dário Andrade

14 de junho de 2010

Palavras

Palavras, que são elas?
Umas são feias, outras belas.
Não existe a sua definição
E muito menos a sua perfeição.

Cada palavra é diferente de si própria.
Cada uma tem o seu significado especial.
Cada palavra tem a sua história.
Para quê tentar defini-las? Se não sabemos o seu sentido real.

Palavras são como a nossa vida,
Cada uma tem o seu próprio significado.
Muitos afirmam que são becos sem saída,
Mas palavras são a alegria de um pobre inadaptado.

Ass: Dário Andrade

11 de junho de 2010

Minha querida alma...

Aqui vos deixo uma pequena homenagem a um dos melhores poetas portugueses de sempre, Fernando Pessoa. Não fiz este texto a pensar nele mas quando o acabei e reli-o, fez-me lembrar instintivamente Fernando Pessoa.



Sei que não estás dentro de mim,
Andas algures perdida entre toda esta paisagem.
Queria tanto voltar a ter-te aqui dentro de mim.
Adorava que tudo o que sonho não fosse uma miragem.

Alma sóbria, limpa e pura,
Porque andas perdida?
Porque não encontro a tua ternura?
Andais perdida ou foragida?

Alma que não encontro neste infindo universo.
Alma que procuro sem cessar, para ter a felicidade.
Alma para a qual eu escrevo este verso.
Alma que só ela me devolve a sobriedade.

Porque te desprendeste de mim, minha alma?
Porque não encontro o teu caminho?
A minha vida sem ti não é a mesma coisa, minha querida alma.
Prefiro morrer do que viver a minha vida sozinho.

Ass: Dário Andrade

1 de junho de 2010

Rios de sangue

Aqui posto uns versos inspirados numa canção chamada Civil War dos lendários Guns'N'Roses.

O que se passa neste mundo?
Será qe não vemos a realidade?
Este mundo está cada vez mais blimundo
Tudo graças à nossa crueldade.

Quantas pessoas estão a morrer?
Quantas pessoas estão a chorar?
Olhem para as vidas que se está a perder.
Olhem para o terror que estamos a criar.

Nós não precisamos de guerra!
Queremos tranquilidade e harmonia.
Queremos todos os povos da Terra
A viverem em paz, era isso que pretendia.

Será justo perdemos quem mais amamos?
Será que não podemos fazer nada para isto mudar?
Temos que lutar pelos direitos humanos,
Temos que fazer a guerra acabar.

Os rios de sangue têm que terminar!
Devolvem-nos a paz!

Ass:Dário Andrade

6 de maio de 2010

Este é para ti

Hoje quando vim ao blog deparei-me com um comentário algo estranho. Quero-vos pedir desculpas pois este sítio devia ser de leitura e não a falar da vida íntima de ninguém. Fomos obrigados a aceitar esse comentário, porque lá continha uma pequena opinião sobre o texto.
Aproveito para dizer a essa pessoa o que quer que seja que tenha para me dizer, que me diga pessoalmente e aí obterá a mesma resposta que sempre lhe dei.

Mas enfim, hoje publico esta mensagem para vos mostrar um novo texto que escrevi. Escrevi-o para uma pessoa que conheci recentemente. Essa pessoa mostrou-me como é possível viver feliz, basta apenas ser-mos livres e abstrair-nos de comentários inúteis. A essa pessoa deixo o meu Obrigado e digo-lhe que me sinto satisfeito por ser-mos amigos. Este é para ti,F!

Será que és a resposta aos meus problemas?
Ou será isto apenas amizade?
É tão difícil explicar todos os meus dilemas.
Mas a sua única resposta é a felicidade.

Só tempo saberá qual a nossa relação.
Por muito que goste de ti, não te quero magoar.
Prefiro te ter como amiga, do que magoar o teu coração.
Prefiro que estejas sempre ao meu lado para me apoiar.

Agora pergunto-te O que sente o teu coração?
Será que isto significa mais do que palavras?
Ou será que isto não passa de uma ilusão?
Só tu saberás o que sentes, quando lês estas palavras.

Só o tempo ditará a nossa relação.
Só o tempo dirá se estás no meu coração.
Só o tempo ditará...
Só o tempo dirá...
Só o tempo...
Só o...
Só...
...

Ass:Dário Andrade

28 de março de 2010

Chuva

Estou de volta novamente!Estive algum tempo sem dar noticias, mas o tempo para se viver é curto.
A verdade é que tenho andado ocupado com um projecto paralelo ao blog, com a escola e com os desportos que pratico. Quanto a esse projecto, se tudo correr bem, dou-vos noticias em breve sobre ele.
Mas enfim, aproveito o pouco tempo livre que tenho nas férias escolares para fazer o que mais gosto de fazer, escrever. E vou agora postar um texto muito especial para mim, intitulado de "Chuva" e foi escrito à muito pouco tempo.


A chuva cai em meu redor,
Fico molhado de sofrimento.
Nem acredito que perdi o meu amor.

Tento retirar-te do meu pensamento,
Porque o teu sorriso provoca-me uma enorme dor.
Relembro o teu sorriso e volta o sentimento.

Sei que esse sentimento tem de ser esquecido
Para que a chuva volte a parar.
Ainda não acredito que te tenha traído.

Possuo no meu corpo pecados a confessar
Sobre algo que te tenho mentido.
Provavelmente não me irás jamais perdoar.

Se jamais me perdoares, a chuva irá continuar
A tornar-me uma pessoa molhada.
Molhada por alguém que nunca deixei de amar.
És sempre e sempre serás por mim amada!


Espero que retirem alguma mensagem deste poema. Posso-vos dizer, que quando li novamente este poema tirei a seguinte moral: "Não irei desistir de quem amo ou de algo que amo, só por isso me provocar dor. Se sinto a sua falta, é porque no futuro tenho que ter isso junto de mim. Vou lutar para deixar de ser uma pessoa magoada e conseguir fazer com que o destino me torne numa pessoa feliz!"

Não se esqueçam de lutar por aquilo que merecem e vivam cada dia como o último!

Com os Cumprimentos de:
Dário Andrade

25 de janeiro de 2010

The Return

Como prometido estou cá de novo!
Voltei no dia do 1º aniversário do blog e tinha prometido uma surpresa.
A surpresa inicial era apresentar aqui uma canção escrita por mim e cantada pela Cátia e por mais uma pessoa.
Mas isso não será possivel, pois houve alguns imprevistos.
Mas haverá o meu regresso (já não se perde tudo, just kiding).
Quando entrei hoje na página do blogue reparei que o numero de visitas ronda os 1650, isto é um motivo de orgulho para mim, o objectivo inicial era 1500 visitas no primeiro ano.
Penso que já falei tudo, agora resta passar à acção, aqui vai um texto que escrevi à pouco tempo.

O que aconteceu ao amanhecer?
O que aconteceu à chuva?
Porque há tantas pessoas a morrer?
Porquê o efeito de estufa?

Isto tudo tem uma explicação.
As pessoas estão cheias de ganância
Que nem escutam o seu coração.
E depois perante estes fenómenos sentem impotência.

O que nos irá acontecer?
Iremos suplicar com todas as emoções.
A ganância de que nos vai servir?
Iremos sofrer por todas as nossas acções.

De que serve praticar agora o bem?
De que serve tornar agora o ambiente puro?
De que serve o que aconteceu ontem?
Se já não existirá futuro.

Pensem bem neste texto, é muito actual. Basta compara-lo com a situação do Haiti.
Deixamos de sermos gananciosos e ajudaremos os que mais precisam.

Com cumprimentos:
Dário Andrade