8 de outubro de 2010

Emaranhado

A vida é um longo percurso pelo qual caminho,
Ela desenvolve-se acabando por originar um emaranhado.
Percorro esse emaranhado da única forma que sei, sozinho
Sem ter a quem recorrer, quando caio e fico magoado.

Caio constantemente nessa armadilha chamada amor,
Estimulado por um sentimento íntimo e delicado.
Sentimento que me provoca enorme dor,
Sentimento que faz com que me sinta cada vez mais magoado.

Sentimento que não consigo explicar através de palavras,
É tão difícil defini-lo como o conseguir ultrapassar.
Mas luto todos os dias para que ele não passe de palavras,
Palavras que não me irão afectar nem abalar.

Continuarei a lutar por tudo aquilo que tenho acreditado.
Continuarei a seguir o meu caminho só que sem emaranhado.
Continuarei…
Prometo que continuarei!

Ass: Dário Andrade

1 de outubro de 2010

Rouge 5

Junto ao Rouge 5, duas almas completamente despidas se tocavam,
Tentando achar no seu par a complementaridade que faltava na vida.
Os lábios tocavam-se mutuamente, ouvindo-se nos sussurros o quão eles se amavam,
Murmurava-se desejos e satisfações, suspirava-se como essa pessoa era-lhe querida.

Entre gemidos ouvia-se a melodia mais bela, a melodia chamada amor,
Entre queixumes soltava-se uma energia, energia que aliada ao prazer
Tornava aquele momento tão especial, num momento de enorme calor,
Momento que se tornava cada vez mais intenso, momento de eterno querer.

Cada segundo que passava mais forte era o seu amor, mais forte era a afinidade,
De tal forma que a dor daquele acto não se citava. Era mais do que uma prova de paixão.
Toda aquela cópula, tornava-se segundo após segundo num acto do sentimento da verdade,
Provando ao seu parceiro que jamais o deixará só, que jamais sentirá solidão.

Acabado aquele momento, os físicos voltaram-se a trajar mas a chama não morreu.
Parecia que tudo tinha sido tão surreal, era aquele o momento que faltava nas suas vidas,
Parecia que jamais passariam um momento como aquele, mas o desejo permaneceu.
O desejo permaneceu, e assim, pelo seu amor as suas almas permaneceram despidas.

Ass: Dário Andrade